O número de mortos no desabamento de um edifício de oito andares em Daca, Bangladesh, chegou a 705, depois que novos corpos foram encontrados, segundo informações fornecidas pelo exército do país.
O edifício, que tinha cinco unidades de confecção, desabou no dia 24 de abril quando quase 3 mil pessoas trabalhavam no local. Segundo investigadores, as vibrações provocadas por quatro enormes geradores de energia elétrica instalados nos andares superiores provocaram o desastre.
A polícia de Bangladesh prendeu 12 pessoas, incluindo o proprietário do edifício e quatro pessoas responsáveis pelas fábricas, por terem forçado os trabalhadores a permanecer no local apesar das rachaduras constatadas no imóvel um dia antes da tragédia.
Após o desastre, o país virou alvo de protestos de grandes empresas dos Estados Unidos e da Europa. Ninguém quer ter a marca associada a um país que não respeita os direitos trabalhistas. A maioria dos corpos encontrados no edifício Rana Plazza, em Daca, é de mulheres. Elas trabalhavam para uma empresa que produzia roupas para companhias estrangeiras, atraídas pelo baixo custo de produção. Uma camisa produzida nos EUA custa em média, US$ 13. Em Bangladesh, sai por US$ 3.
A União Europeia ameaça adotar medidas restritivas contra a indústria têxtil do país como punição pela tragédia; e os EUA estuda a suspensão de contratos. Representantes da Organização Internacional do Trabalho (OIT) vão se encontrar com as autoridades bengalesas para exigir o aumento das inspeções de segurança e a reforma nos direitos dos trabalhadores.
Fonte: G1
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